domingo, 30 de agosto de 2009

Imperdoável.

Se o teu sono agora é tão tranquilo,
é a ausência daqueles sujeitos.
Os olhos pretos se escondem em cílios.
Não honra os pais,
Tem medo de ter filhos

Indesculpável
Esse ser humano
Teu próprio gosto lhe foi desleal.
Limpou a boca suja com a roupa,
nas frutas faltam azeite e sal

Derrubou molho na ponta da mesa
Pingou no chão, até parece sangue
Se eu não fui alimento suficiente
Chama teu animal adulto, ele lambe

Está chupando línguas, mentiras e pregos
Fez da cruz martelo de brinquedo
A aliança que voltou pra caixa
não é mais digna de estar no dedo

Sujeito indefinido, sem predicados
Da boca escorre um vermelho vivo.
Moscas beijam feridas abertas
Trocou trinta moedas
por três grãos de milho.

9 comentários:

  1. como eu disse...
    me falta palavras :]


    (lindo)

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  2. Raiva, violência, revolta...
    O que seria de nós sem as palavras?
    Excelente!

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  3. Meudeus!
    Eu adorei meu.
    Degradação psicológica(não tem mais importância, apenas ânsia)

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  4. A ultima eu não me inspirei na Alice, mas aquela outra totalmente =)
    Bjos Jhoooounes.

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  5. Jesus...
    Cada vez melhor, cada vez mais humano...
    (o Jones, não Jesus)

    Amei...

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Augusto dos Anjos!
    Tive vontade de cuspir nesse ser sub-humano!...rs

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