sábado, 31 de julho de 2010

Cândida.

Sonhando sozinha, revela os dentes
O olhar distante se detêm
Abandona displicente
As recém traçadas finas letras no caderno de brochura
Com um timbre inseguro
A voz doce se desculpa
me foca com a pupila dilatada, e a íris escura
Se fazendo desculpada e voltando a escrever
O celular toca e não demora a atender
As palavras saem como brisa
Gargalha feito criança
A mão cobre a boca e a cabeça balança
Se despede sorrindo
Dá dois beijos e sai de repente.
Largo o lápis
Estou sonhando sozinho, revelando os dentes...

5 comentários:

  1. As vezes quando a gente começa a olhar com um pouco mais de atenção, se surpreende mais do que esperava...

    ResponderExcluir
  2. Subestimar o desconhecido é um mal do ser humano. Não fazia idéia de que no corpo de um rapaz tímido havia uma mente com tamanha profundidade. Estou impressionada com seus textos. Parabéns! Fabi

    ResponderExcluir
  3. sempre me comove com suas palavras, muito lindo *-* <3

    ResponderExcluir
  4. emocionante e profundo *-*

    ResponderExcluir